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terça-feira, 17 de maio de 2011

Que seja doce.

E a dor tem que ficar pra trás.
- Queria falar com você...
- A gente pode ir lá em cima.
E o pôr do Sol havia terminado, a noite ja se fazia, mas eles criarão um novo pôr do sol, na verdade um novo amanhecer. Um nascer de luz, um porvir de energia boa.
Olhavam na mesma direção, compartilhavam talvez o mesmo sonho, mas quem saberá?
E lábios pousam em lábios...


O balanço do ônibus embalou a primeira vez que te vi. Enquanto eu lia um poema minha borboleta caiu, você a pegou com todo cuidado e sorriu.
A segunda vez que te vi foi em sonho, nós caçava-mos borboletas, num lugar verde e muito vasto. Vasto mundo, como disse Drummond, mais vasto é meu coração. Mas nem eu sabia se seu coração era vasto, nem você sabia nada sobre o meu. E sempre que te via pensava: preciso falar do sonho.
O sol nos esquentava e eu tinha comprado um presente de aniversário pra você. Parece bobo, mas eu estava ansiosa pra entregar. E quando eu mostrei você disse: Amarra em mim, agora você anda sempre comigo. E senti a alma sendo pintada, e ela tornou-se uma aquarela de criança.
Você tinha terminado com ela, e tinha os olhos inchados. Essa foi a terceira vez que te vi.
Na quarta vez que te vi, você tinha um presente pra mim, um livro lindo, com a cor de velho e o cheiro de coisa antiga, e disse: eu escrevo nele depois. E alma agora era coloridade e sentia vontade de dançar.
A quinta vez que te vi, meus olhos registravam sua imagem deitada ao meu lado, fazia frio, e a Lua estava sobre nós, como que em uma cermônia não humana. Você esquentava as mãos na minha barriga.
A ultima vez que te vi... Não sei quando será. Pois essa visão não é física, ela vai além, ela é como esse algo misterioso que existe entre nós, que faz querer bem, querer juntar os corpos, fazer com que eles se entendam. Não sei se a felicidade será uma constante, mas o que importa agora é o estar... E eu estou feliz.
Estive perdida, e agora sei que estive cega. Mas agora... Agora eu te vejo, e percebi que é um egoísmo acreditar em todos os pesadelos.
Estamos aqui por um instante. E eu quero você do meu lado, todos os dias e todas as noites. De novo, de novo, de novo. Que seja doce.


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