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sábado, 23 de fevereiro de 2013

Prólogo

Não existe nada seu, nada meu. Comunhão, comunhão profana. Prólogo ao conto "41 que envolve 36", feito por nós (eu você, todo mundo, todo o mundo, o cosmo e saturno).


-E aí, vamos?
-Ah, acho que não. Tem a mala, tem outras coisas...
-Pega nada, pelo contrário, até gosto.
-Nossa! - um espanto gostoso.

Deixamos a mala. Pesada, faz calor.

-Posso lavar o rosto?

Volta-se a caminhada. Um tanto longa, porém o papo é sempre bom. Velhos amigos e seus planetas e órgãos.

23h20

-Sabe como fazer para o ônibus chegar logo? Acende um cigarro.
-Vamos rachar, assim não se desperdiça.

Logo vem, o mais caro, metropolitano. Maldito Governador!

-Um cara estranho, que não gosta de gente...

Descemos na rodovia, passarela, um casal amigo, "oi".

-Ele é muito gente fina!

Outro ônibus, tão caro quanto o primeiro. Já são 0h00.

-Sempre vejo um conhecido... E aí, Tchê, beleza mano? Hehehehehe...

Um telefonema, uma constatação: vai ser tenso.

A luz dos postes voltou.

-Que bom, finalmente.

Sem fazer barulho. Cautela. Há um sentinela, luz acesa, cuidado com a sombra. Um cigarro, álibi perfeito.

-Vou abrir a porta, você entra, eu fico de olho.

Luz apagada, logo acesa, velho hábito.

-Boa noite.

Noite boa.

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