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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

   A FUVEST ta chegando, e eu sinto um misto de ansiosidade e raiva (não sei explicar o porque). Alterno entre esses dois estados de ser, e agora o meus olhos e minha alma querem ler Augusto dos Anjos. É escuro, mas de certa forma, acredito nos seus versos (em partes). Então, resolvi contagiar todos que passaram por aqui, sei que são poucos, se eu conseguir passar um pouco do mal augustense pra alguem já me sinto aliviada, rs. E também, porque dei um pequeno tempo nos contos, estou sem tempo pra tudo, vocês nem imaginam! Enfim :
                O Martírio do artista

Arte ingrata! E conquanto, em desalento,
A órbita elipsoidal dos olhos lhe arda,
Busca exteriorizar o pensamento
Que em suas fronetais células guarda!

Tarda-lhe a Idéia!  A inspiração lhe tarda!
E ei-lo a tremer, rasga o papel, violento,
Como o soldado que rasgou a farda
No desespero do último momento!

Tenta chorar e os olhos sente enxutos!...
É como o paralítico que, à míngua
Da própria voz e na que ardente o lavra

Febre de em vão falar, com os dedos brutos
Para falar, puxa e repuxa a língua,
E não lhe vem  à boca uma palavra!

2 comentários:

  1. Que angústia é essa Babyzinhaa?

    Rs

    Relaxa que, no fim, td dá certo!

    Te amo minha vida ;)

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